3 de dezembro de 2010

Historia da Arte - Barroco

         Barroco é o nome dado ao estilo artístico que floresceu entre o final do século XVI e meados do século XVIII, inicialmente na Itália, difundindo-se em seguida pelos países católicos da Europa e da América, antes de atingir, em uma forma modificada, as áreas protestantes e alguns pontos do Oriente.

Pintura Barroca
A pintura barroca é uma pintura realista, concentrada nos retratos no interior das casas, nas paisagens, nas naturezas mortas e nas cenas populares.
Por outro lado, a expansão e o fortalecimento do protestantismo fizeram com que os católicos utilizassem a pintura como um instrumento de divulgação da sua doutrina. Na Itália e na Espanha, a Igreja Católica, em clima de militância e Contra-Reforma, pressionava os artistas para que buscassem o realismo mais convincente possível.

Características:
* Assimetria, em diagonal - estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista.
* Contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) - era um recurso que visava a intensificar a sensação de profundidade.
* Realista, abrangendo todas as camadas sociais.

Escultura Barroca:

A escultura barroca é marcada por um intenso dramatismo, pela exuberância das formas, pelas expressões teatrais e pela luz e movimento. As figuras que exibem dramatismo, faces expressivas e roupas esvoaçantes. Na Itália, destacou-se o trabalho de Bernini. Em Portugal, António Ferreira e Machado de Castro foram os escultores de maior relevo. No Brasil tornou-se célebre o Aleijadinho.
A escultura barroca contraria a idéia anterior do Renascimento: a sobriedade e racionalidade das formas. Este pensamento não se demostrou apenas na escultura mas também na pintura, moda, escrita e mesmo no modo de vida das pessoas. Um excelente exemplo da escultura típica do Barroco é o O Êxtase de Santa Teresa do consagrado escultor, Bernini.

Arquitetura Barroca:

A arquitetura barroca é caracterizada pela complexidade na construção do espaço e pela busca de efeitos impactantes e teatrais, uma preferência por plantas axiais ou centralizadas, pelo uso de contrastes entre cheios e vazios, entre formas convexas e côncavas, pela exploração de efeitos dramáticos de luz e sombra, e pela integração entre a arquitetura e a pintura, a escultura e as artes decorativas em geral.
Utilizou a escala como valor plástico de primeira grandeza. Os efeitos volumétricos são também elementos essenciais na arquitectura barroca.

Um artista e sua obra:


Caravaggio é o pintor mais misterioso e, sem dúvida, o mais revolucionário da história da arte. Impôs uma nova linguagem, realista, teatral, escolhendo em cada tema o instante mais dramático, recrutando os modelos na rua, mesmo para as cenas mais sagradas como A Morte da Virgem, não hesitando em pintá-los de noite, o que poucos artistas, antes dele, tinham ousado.
Ele proclamou o primado da natureza e da verdade.
Foi, para a pintura, a apoteose do que viria a ser chamado, mais tarde, de arte barroca. A época, na charneira dos séculos XVI e XVII, está repleta de excessos e êxtases. Do Concílio de Trento saiu a Contra-Reforma: ao rigor de Lutero e de Calvino, que baniram os quadros e as esculturas dos santuários, os papas e os Jesuítas opunham uma abundância de imagens, de ornamentos, de cores, de contrastes, de decorações com vista a deslumbrarem os fiéis e afirmar a supremacia de Roma. Claudio Monteverdi acabara de inventar a ópera.
A obra de Caravaggio explode nesta tormenta e amplifica-a. cada uma das suas obras é um escândalo e alguns indignam-se. Nicolas Poussin, que chegou a Roma pouco depois da morte de Caravaggio, declarou: "Ele veio para destruir a pintura".

Crucificação de São Pedro, 1601 , Igreja de Santa Maria del Popolo, Roma




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